Investigação
Irmãs assassinadas em Peixoto de Azevedo e Matupá repercute na imprensa nacional
14 minutos foram destinados ao caso que chocou as duas cidades
Polícia | 08 de Dezembro de 2016 as 14h 35min
Fonte: André Jablonski e Joice Morh
O assassinato das irmãs Rosiane Ferreira Sampaio de 30 anos e Taynara Sampaio de Miranda de 21 anos, ocorrido nos dias 7 e 23 de setembro em Matupá e Peixoto de Azevedo, repercutiu nesta quinta-feira (07), no programa Cidade Alerta apresentado por Marcelo Rezende.
A reportagem produzida pela TV Capital de Sinop mostrou que 80 dias após o último crime, a Polícia Civil tenta encontrar a possível ligação nos dois assassinatos.
A primeira a ser assassinada foi Rosiane. Estudante de Educação Física e trabalhava em academias, era solteira e morava com a filha de 10 anos.
Antes do crime, como de costume, ao de sair de casa, Rosiane deixou a filha com a avó. No dia 07 de setembro, o corpo de Rosiane foi encontrado carbonizado dentro do porta-malas de um veículo incendiado. O laudo da perícia não apontou nenhuma perfuração ou lesão nos restos mortais, o que pode apontar que ela foi queimada viva.
A sua irmã Taynara que tinha acabado de completar 21 anos, estava no 6° semestre de Direito, e era estagiária no Ministério Público. A jovem foi uma pessoa recatada, morava com os pais e costumava sair para estudar, trabalhar e participar de programações do grupo de jovens da igreja que frequentava.
No dia 23 de setembro, por volta das 11 horas, a mãe saiu de casa para buscar a neta da filha assassinada. Thaynara ficou sozinha. Quando a mãe retornou, encontrou a filha caída no chão do quintal. A jovem foi assassinada com dois disparos na cabeça.
A morte das irmãs chocou a pequena cidade, e logo a policia começou a receber informações. Uma testemunha disse que o homem que matou Taynara, permaneceu na vizinhança e não foi visto correndo da cena do crime.
“O vizinho da vítima teve um problema judicial com a família da Thaynara” disse o delegado Bráulio Junqueira.
Os três vizinhos foram presos, José Gomes Cardoso de 59 anos, a esposa Vilma Youhito Takahaschi Cardoso de 54 e o filho Deivison Takahaschi Cardoso de 19 anos. Na casa deles foi encontrado um revolver de calibre 38, o exame de balística comprovou que o tiro que matou Taynara saiu desta arma.
A residência onde os vizinhos moravam, foi destruída por moradores revoltados com o crime.
Enquanto isso, a família fica sem entender porque as duas foram mortas. A mãe Maria busca forças para superar a perda das duas únicas filhas. No quarto de Taynara tudo ainda está do mesmo jeito que ela deixou.
Pelo fato de o carro de Rosiane ter sido encontrado em uma cidade vizinha, os assassinatos das irmãs estão sendo investigados em delegacias diferentes. Há informações que Rosiane mantinha vários relacionamentos amorosos.
“Nós temos cinco pessoas, que possivelmente são suspeitas, um deles ameaça Rosiane durante o relacionamento” revelou o delegado Claudemir Ribeiro.
A polícia não consegue encontrar uma ligação na morte das irmãs. Acredita-se que o assassino descobriu que Thaynara colaborava nas investigações do assassinato da irmã.
O mais provável é que quem matou Rosiane, descobriu que Taynara era estagiária no Ministério Público e que estava colaborando com a polícia, ela pode ter sido morta como queima de arquivo.
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