Sorriso
Digital influencer passa a ser investigada pelo Ministério Público Estadual
Paula Biazin disse que fazia uso do medicamento após cair em uma armadilha
Polícia | 16 de Janeiro de 2020 as 14h 34min
Fonte: Portal Sorriso
O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito civil para investigar a digital influencer Paula Biazin pela suspeita de divulgar e comercializar medicamentos emagrecedores falsificados nas dependências do Park Shopping em Sorriso.
A influencer chegou a ser presa no dia 28 de dezembro do ano passado pelo fato. Ela foi solta um dia depois, após pagar fiança de cinco salários mínimos (R$ 4,9 mil).
O inquérito foi aberto na quarta-feira (8) pelo promotor de Justiça Márcio Florestan Berestinas, da 3ª Promotoria de Justiça Cível de Sorriso, após informações repassadas pela 1ª Promotoria de Justiça Criminal da cidade.
No documento, a Promotoria Criminal ressaltou que os medicamentos divulgados e comercializados pela influencer, da marca Moder Diet, não tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), comprovação de origem e alvará sanitário.
No inquérito, o promotor afirmou que cabe ao Ministério Público a defesa dos interesses difusos e coletivos, ligados ao consumidor. “Considerando que ao Ministério Público são atribuídas as funções previstas nas Constituições Federal e Estadual, dentre as quais, a de promover o inquérito civil e a ação civil pública, na forma da lei, para garantir o respeito à saúde e ao consumidor”, diz trecho do inquérito.
Márcio Florestan determinou que a influencer seja notificada para comparecer na sede da Promotoria de Justiça de Sorriso nesta sexta-feira (17), às 9h30 para ser ouvida.
Não há prazo para o fim da investigação.
A prisão
Paula foi autuada em flagrante pelo crime de falsificação e adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa onde ela mora em Sorriso, solicitado pelo Ministério Público Estadual (MPE), após denúncias.
No local foram encontradas três caixas do medicamento, que era comprado através de um fornecedor em Belo Horizonte (MG).
O delegado responsável pelo caso, Nilson Farias, informou que o produto é dito como fitoterápico, mas contêm substâncias de medicamentos, entre elas diazepan, medicamento controlado e prescrito por psiquiatras para tratamento de ansiedade, e sibutramina, remédio utilizado para rápida sensação de saciedade dando também efeitos colaterais como prisão de ventre, boca seca, insônia, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, delírio, entre outros.
Em sua defesa, Paula informou que desconhecia que o produto tinha as substâncias citadas. Em 15 de dezembro, o mesmo remédio usado e vendido por Paula foi pauta de uma reportagem do Fantástico.
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