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Coronavírus

Comércio de Sinop pede para abrir as portas antes do fim da quarentena

Entidades que representam empresários pedem alternativa para o decreto

Geral | 25 de Março de 2020 as 16h 39min
Fonte: Jamerson Miléski

No 3º dia da “quarentena” estabelecida pela prefeitura de Sinop – como medida para prevenção da epidemia de Coronavírus – a classe empresarial da cidade se mobilizou para que o bloqueio aos comércios seja abreviado. Todos os estabelecimentos que não são considerados essenciais estão com as portas fechadas desde segunda-feira (23). O decreto municipal prevê uma quarentena de 15 dias, que encerraria no dia 6 de abril.

Na tarde dessa quarta-feira (25), a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e a Aces (Associação Comercial e Empresarial de Sinop), chamaram o secretário de Finanças da prefeitura de Sinop, Astério Gomes, para uma reunião. As entidades pediram uma alternativa para encurtar o prazo da quarentena, estipulada pelo decreto.

Segundo o presidente da Aces, Cleiton Gonçalves, a entidade já vinha solicitando uma posição sobre a abertura antecipada do comércio, mediante a adoção de práticas de prevenção. “A fala do presidente [Jair Bolsonaro] acabou inflamando os empresários e os questionamentos aumentaram”, relatou.

Para o presidente da CDL, Marcos Alves, os lojistas estão pedindo para que a entidade pleiteie junto a prefeitura a retomada do comércio. “Sinop tem casos suspeitos, mas nenhum confirmado. Nossa preocupação é que a crise econômica que a suspensão do comércio vai gerar será mais danosa. Hoje os supermercados estão abertos, mas daqui a pouco ninguém vai ter dinheiro para comprar comida”, posicionou Alves.

Tanto o representante da CDL como da Aces são cautelosos em dizer que a abertura do comércio durante o período de quarentena deve respeitar normas e protocolos no atendimento, afim de conter a disseminação do vírus. “Os empresários tem cumprido seu papel. As portas estão fechadas. Estamos estudando uma forma, uma maneira para que o empresário colabore mas possa abrir o comércio o mais breve possível. Respeitamos a opinião dos médicos e clínicos, mas precisamos estudar uma possibilidade de retorno do comércio”, frisou o presidente da Aces.

O secretário de Finanças afirmou que o assunto será levado para o gabinete de situação que trata das ações direcionadas ao combate da epidemia. A prioridade é dar uma resposta para os empresários, mas sem inferir sobre a segurança da população. “A prefeitura é sensível ao pedido do comércio. A economia precisa fluir. Estamos analisando o cenário com responsabilidade. A economia é muito importante mas o grito hoje é pela vida”, pontuou

Para o secretário, é preciso respeitar a posição do presidente Jair Bolsonaro, a quem classificou como “autoridade máxima”, mas também dar ouvidos às autoridades da saúde, que se manifestaram ao longo do dia, após o pronunciamento do chefe da República, na noite de ontem. “Precisamos buscar uma saída de forma que ninguém seja prejudicado”, completou Gomes.

O secretário destacou que o decreto – que vetou a atividade do comércio por 15 dias - pode ser alterado a qualquer momento, de acordo com as necessidades e situações de Sinop. “Qualquer decisão deve ser tomada com cuidado. Tudo que o poder público fizer, o reflexo volta para ele mesmo”, frisou o secretário.

A prefeitura de Sinop já convocou uma live coletiva com a imprensa para as 18h30 dessa quarta-feira. Uma posição oficial da prefeitura de Sinop, sobre o arrocho (como pede o Ministério Público), ou afrouxamento da quarentena (como sugere Bolsonaro), é aguardada.