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Sinop

Vereadores tentam conter a demolição de ginásio e reconstrução do Colonial

Projetos de lei foram apresentados como resposta à proposta de trocar o prédio histórico de endereço

Geral | 07 de Julho de 2015 as 09h 21min
Fonte: Jamerson Miléski

Júlio Dias mostra o documento com o acordo assinado |

O acordo firmado entre o Ministério Público, prefeitura de Sinop e proprietários do prédio histórico do Colonial, gerou um ato reflexo no poder legislativo municipal. Depois do GC Notícias informar, na sexta-feira (3), sobre a intenção de reconstruir o prédio histórico em outro local, e que este local seria o terreno do ginásio Benedito Santiago, os vereadores apresentaram na sessão de ontem, segunda-feira (6), dois projetos de lei como “contensão”.

O primeiro, de autoria do vereador Júlio Dias (PT), foi uma emenda a lei municipal que trata do tombamento histórico no município. A matéria tira os poderes exclusivos do executivo municipal de remover o tombamento histórico – o que poderia ser feito com o Colonial para permitir a reconstrução em outro terreno. Com a emenda do vereador, o poder legislativo também terá que anuir o destombamento. “Não podemos concordar em transferir a história de um lugar para o outro”, afirmou Júlio Dias.

O segundo projeto de contensão foi do vereador Wollgran Araújo (DEM). Ele propôs o tombamento do Ginásio Benedito Santiago. Com isso, o mais antigo ginásio de esportes de Sinop passa a fazer parte do patrimônio histórico da cidade. Isso significa que não pode ser demolido ou ter suas características arquitetônicas alteradas. O aspecto de “galpão”, com arquibancadas de madeira, agora é protegido pode lei. “Quando se tem noção do bote da cobra fica mais fácil preservar o espaço”, comentou Wollgran.

O ginásio e o Colonial são os únicos patrimônios históricos tombados pelo município. Em ambos os casos as leis vieram na mesma medida que as informações sobre a possível demolição desses espaços.

Ambos projetos foram encaminhados extra pauta e votados em primeira e única, evidenciando que as proposituras foram medidas de contensão ao acordo pré-anunciado para reconstrução do Colonial. “Não há razão de aceitar um acordão desse que só vai beneficiar a Colonizadora Sinop, que na época do seu Ênio [Pipino], dava muita alegria e que agora só deixa a desejar”, retrucou Dalton Martini.

A Colonizadora Sinop e a Vitalle disputam na justiça a propriedade do imóvel do Colonial. A Colonizadora foi quem propôs a reconstrução. A indicação do terreno cabe a prefeitura, que sinalizou o espaço onde está o Ginásio Benedito Santiago e teve a anuência do MP.

 

O projeto

Segundo Rodrigo Goulart, advogado da Colonizadora, no acordo firmado, o município tem 30 dias para destacar o imóvel apontado em qual local o novo Colonial será reconstruído. A partir disso, a Colonizadora tem mais 45 dias para apresentar um “máster plan”, uma espécie de projeto básico do que será edificado sobre a área indicada. O projeto passará pelo crivo da prefeitura e do Ministério Público. Havendo a aprovação, firma-se o acordo para reconstrução, estabelecendo um cronograma de execução.

A Colonizadora vai construir um Centro Cultural. O elemento principal é o prédio do Colonial. A parte que desabou no dia 16 de novembro de 2013 será recolhida e o que continua em pé, desmanchado. Todos os elementos aproveitáveis da edificação serão aproveitados na reconstrução.

O prédio terá a mesma dimensão do original. Será uma cópia fiel. Além do prédio do Colonial, a Colonizadora terá que implantar um coreto e fazer toda a parte de urbanização da área, transformando o terreno em uma praça pública.

A área onde está o Colonial tem um valor estimado de R$ 10 milhões.