Pelas igrejas
Sinop terá reedição da Marcha pela Família que motivou golpe militar de 64
Evento usa o mesmo nome da mobilização nacional que encorajou militares a destituir a presidência
Geral | 08 de Abril de 2021 as 15h 33min
Fonte: Jamerson Miléski
Carros de som circulam pelo centro da cidade de Sinop nesta quinta-feira (8), convocando a população para participar da “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. O evento local faz parte de uma mobilização estimulada em todo país, utilizando o mesmo nome dos protestos populares de 1964 que criaram um ambiente favorável à intervenção militar.
Em Sinop, a “Marcha” será uma carreata, marcada para as 15h de domingo (11), com concentração em frente à praça da catedral. No mês passado, em 14 de março, um pequeno grupo auto identificado como “conservadores” e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, foi até a frente do Tiro de Guerra de Sinop. A mobilização pedia intervenção militar com o presidente Jair Bolsonaro no comando.
Estimulada através de grupos de Whatsapp em todo país, a Marcha deve ser reeditada nas principais capitais. O movimento tenta pegar carona na votação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a abertura de templos e realização de cerimônias religiosas presenciais durante a pandemia. Essas medidas de restrição em função da pandemia são o que a Marcha quer combater. Pelo menos é o que dizem os textos de convocação que circulam nas redes sociais e nos carros de som.
Pelo direito de não protestar
A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi o nome dado a uma sequência de atos de protesto, em março de 1964, como resposta ao discurso do então presidente da República João Goulart, no dia 13 de março de 1964. A fala presidencial apontava reformas de base, agrárias, a desapropriação da faixa de terras laterais das rodovias e a estatização de 5 refinarias de petróleo. O discurso foi encarado como uma “ameaça comunista”. O então deputado federal Antônio Silvio Bueno, do PSD, organizou a marcha, como uma resposta dos conservadores a fala do presidente.
A Marcha levou mais de um milhão de brasileiros às ruas em protesto à ameaça vermelha. Treze dias após a primeira marcha, os militares destituíram o presidente da República e se mantiveram no comando do Brasil por duas décadas.
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