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Sinop

Projeto para abrir nova avenida é arquivado

Sem votos suficientes para aprovar a matéria, projeto será modificado

Geral | 02 de Junho de 2020 as 08h 55min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: GC Notícias

Pela terceira sessão consecutiva, o projeto de lei 020/2020 foi retirado da pauta de votações da Câmara de vereadores de Sinop. Sem votos suficientes para aprovar a matéria, o líder da prefeita na casa de leis, Mauro Garcia (MDB), retirou o texto. Agora, o destino do projeto de lei deve ser o arquivamento.

O projeto de lei tratava da doação, pura e simples, de áreas que pertencem à terceiros, para prefeitura. No total, o município receberia 62,8 mil metros quadrados em imóveis que deveriam ser utilizados para a abertura da Avenida Oscar Niemayer, a Rua Alfredo Lenz e a Rua das Esmeraldas.

Nessa nova malha urbana, o projeto mais robusto é da Avenida Oscar Niemayer. A prefeitura já possui uma licitação em curso para pavimentação e tem firmado parcerias com a iniciativa privada afim de aliviar o custo da obra para os cofres públicos. A pretensão era, com a abertura da avenida, conectar a estrada Alzira à Avenida Bruno Martini, na altura do entroncamento com a estrada Nanci. Com 2,2 mil metros de extensão, a via exerceria a função de “anel viário”, sendo uma rota com menos tráfego para caminhões carregados de madeira e grãos que chegam a cidade pela MT-222 ou pela estrada Nanci.

Já a Rua Alfredo Lenz fará a interligação da Avenida Bruno Martini ao Ribeirão Neuza, com 1,3 mil metros quadrados de extensão.

A última via que seria viabilizada pelo projeto de lei retirado de pauta é a Rua das Esmeraldas, no Jardim do Ouro. O plano do executivo era fazer a conexão do bairro com a Rua Colonizador Ênio Pepino e a Rua Jade.

O projeto encontrou muita resistência de vereadores. O principal argumento é que a nova via projetada pela prefeitura beneficiaria grandes proprietários de áreas que futuramente seriam loteadas. Outro contraponto é que os recursos pertencentes ao Finisa (financiamento tomado pela prefeitura no total de R$ 99 milhões), deveria ser aplicado para pavimentar os bairros mais antigos da cidade – e não abrir a Avenida Oscar Niemayer.

Segundo Mauro Garcia, o projeto 020/2020 será arquivado e seu texto desmembrado em dois ou três novos projetos, que serão encaminhados para Câmara. Assim, o executivo municipal espera conseguir a autorização para avançar com algumas obras de expansão urbana.

 

Porque Rosana?

Ao GC Notícias, a prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), disse que considera a Avenida Oscar Niemayer uma via estruturante da cidade. Para ela, a pavimentação desse trecho melhora a logística urbana e antecipa a infraestrutura em uma região que terá plena expansão nos próximos anos.

A gestora comparou a Av. Oscar Niemayer com a Avenida das Itaúbas, no trecho entre a Avenida dos Flamboyants e a Avenida dos Jatobás. Essa via, duplicada e pavimentada em 2010 era, até então, uma estrada de terra no meio da urbanidade, que acabou se tornando um depósito de lixo. Embora tenha exigido um grande investimento em drenagem, pavimentação e, depois, urbanismo, a Avenida das Itaúbas cumpriu um papel de integrar a área urbana, abrindo caminho para novos bairros. “Foi uma obra com alto custo, que com parcerias, o poder público conseguiu fazer. E mudou a cara daquela região”, comparou Rosana.

A obra da Oscar Niemayer também tem um custo alto com drenagem e a ponte sobre o Córrego Nilza. Para a prefeita, se o poder público não fizer, aproveitando a parceria com a iniciativa privada, a obra não vai acontecer. “Historicamente as grandes obras de pavimentação de Sinop, as mais custosas, foram feitas pelo poder público”, argumentou.

 

Alternativas

Durante a sessão desta segunda-feira (1), o vereador Joacir Testa (PSDB), apresentou algumas alternativas ao traçado da Avenida Oscar Niemayer para interligar aquela região.

Com o traçado completo, a via pretendida pela prefeitura teria 2,7 mil metros. Segundo Testa, seria possível fazer uma alça, a partir do pontilhão na Avenida Oscar Niemayer, conectando ao asfalto já existente, na André Maggi (fundos do Jardim Paraíso 2). “Esse trecho teria 1 mil metros”, afirmou”.

O vereador também apontou como alternativa o prolongamento da Avenida André Maggi – cortando a área de reserva e o córrego, conectando os dois loteamentos da Colonizadora Sinop – ou então o prolongamento da Avenida dos Ingás, no mesmo sentido. Essas obras teriam cerca de 800 metros. “Alternativas existem”, afirmou Testa.

O vereador Billy Dal’Bosco (DEM), lembrou ainda da Avenida das Andorinhas, que conectaria o Jardim Belo Horizonte ao Jardim Curitiba. “E a avenida das Andorinhas já está no Masterplan”, completou.