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Inclusão

Professores participam de curso de formação para educação de cegos

Geral | 06 de Dezembro de 2016 as 16h 59min
Fonte: Viviane Saggin | Seduc-MT

| Foto: Assessoria Seduc-MT

Professores de salas de Recursos Multifuncionais da rede estadual de ensino participam nesta semana (de 05 a 10.12) do curso de formação continuada na área da Deficiência Visual/Ciências Exatas. O evento é promovido pela Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT), por meio da Superintendência de Diversidades Educacionais / Coordenadoria de Educação Especial, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Ministrado pelo professor especialista Oberdan José Teixeira Chaves, a formação tem como objetivo subsidiar os educadores de Atendimento Educacional Especializado (AEE), em quesitos como Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa e Grafia Química Braille para uso no Brasil.

Oberdan é graduado em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade do Estado do Pará, com especialização em Deficiência Visual pelo Instituto Benjamin Constant, e especialização em Mídias na educação pela Universidade Federal do Amapá. Atualmente, é professor do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual do Amapá.

De acordo com ele, a iniciativa visa capacitar e auxiliar os profissionais que trabalham com alunos deficientes visuais no estado. “O professor muitas vezes, em especial o profissional que leciona Química e Física, encontra dificuldade para ensinar o conteúdo ao aluno deficiente visual ou de baixa visão. Por isso, é importante que a Secretaria promova formação que contemple metodologias de ensino para que o estudante adquira o conhecimento significativo nessas áreas e não se sinta excluído”.

A educadora Geicy Moraes, professora da Sala de Recursos da Escola Estadual Cremilda de Oliveira, de Primavera do Leste, ressalta que o professor é peça importante no processo educacional, necessitando que tenha introduzida na sua formação questões que o auxiliem a modificar suas concepções acerca da inclusão de alunos deficientes visuais, visando uma maior qualidade de ensino. A unidade atende 15 estudantes com deficiências múltiplas.

Geicy, que tem dois alunos com baixa visão, garante que encontros como este realizado nesta semana, em Cuiabá, são importantes para troca de experiência e para renovar os conhecimentos. “No interior temos mais dificuldade de encontrar cursos nas áreas. Aqui, temos a chance de conversar com colegas, buscar informações e dividir as práticas adotadas nas unidades escolares e que serão multiplicadas para os estudantes e também para professores das salas regulares”.

Vânia Oliveira de Alcântara, professora da Sala de Recursos Multifuncionais, do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Almira de Amorim Silva, em Cuiabá, diz que a formação auxilia não só os alunos, mas também os educadores. “Seremos multiplicadores para os professores das áreas de exatas em nossas unidades escolares”, aponta.

 

Direito

A rede estadual de ensino conta, atualmente, com cerca de 500 estudantes com deficiência visual

O gerente de Educação Especial da Seduc-MT, Marcino Benedito, destacou que por conta da Política de Educação Inclusiva, da legislação e da luta dos movimentos sociais representativos dos mais diferentes segmentos da sociedade, um número cada vez mais expressivo de alunos com deficiências está frequentando escolas regulares. “Isto tem levado a uma profunda reflexão acerca do papel e das finalidades da escola, de tal modo que, no avanço das discussões, vai se consolidando a percepção de que as diferenças na sala de aula. Antes de serem um complicador, podem se tornar um fator de qualificação e de enriquecimento do ensino”.

De acordo com ele, para isso a Seduc-MT tem buscado garantir a todas as crianças com deficiência o acesso ao ensino regular, a participação, a aprendizagem e a continuidade em todos os níveis de ensino.

Marcino salienta que os principais instrumentos para a efetivação dessa política são o atendimento educacional especializado; a formação inicial e continuada dos professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para uma visão de escola inclusiva; a participação da família e da comunidade na construção e no acompanhamento do projeto político-pedagógico da escola; e a utilização dos recursos de acessibilidade na arquitetura dos prédios, nos meios de transporte e locomoção, no mobiliário, na comunicação, na informação e na aprendizagem.