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Sensibilização

Prevenção é carro-chefe no combate à violência contra crianças e adolescentes

Sinop registrou ano passado, 111 atendimentos no CREAS relacionados a algum tipo de violação de direitos desse público

Geral | 20 de Março de 2019 as 10h 37min
Fonte: Assessoria da Prefeitura

Foto: Ademir Specht

A cada grupo de cinco meninas, três sofreram algum tipo de violência, em Mato Grosso, em 2018. A estatística engloba casos gerais e que vão desde assédio, contato físico forçado ao crime de estupro. Para meninos, a cada seis, o número de vítimas chegou a dois. Os dados são da Procuradoria de Justiça Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente e, nas palavras de seu coordenador, Procurador Paulo Roberto Jorge do Prado, requerem estado de vigilância permanente para se prevenir, enfrentar, bem como se atuar com foco na orientação de meninas e meninos acerca de situações desta natureza.

 “Principalmente a violência sexual contra a criança e o adolescente”, destacou Prado, nessa terça-feira, 19, durante diálogo com estudantes da rede pública municipal de Sinop e de Santa Carmem, que acompanharam o projeto “Prevenção Começa na Escola”. De autoria da Procuradoria de Justiça Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente de Cuiabá, a ação consistiu na exposição lúdica teatral para cerca de 400 estudantes sobre temáticas como a do abuso sexual de crianças e adolescentes, bullying, violência doméstica, racismo, depredação de patrimônio e outros.

Estudo realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso apontou que tais pontos abordados por meio da arte são considerados emblemáticos e que aparecem com maior frequência no cotidiano escolar. “Levantamos quais são os assuntos que mais incomodam a rede escolar, que mais violam direitos de professores, servidores, e, principalmente, de crianças e adolescentes. E, diante disso, deparamos com algumas situações: bullying, que acontece demais, racismo, a destruição do patrimônio público, destruir livros, carteiras, e, o que está aparecendo muito, e isso é ruim, que é a violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes, principalmente meninas”, detalhou o procurador.

O projeto já percorreu 40 escolas da capital Cuiabá e outras 16 de Várzea Grande, com apresentações realizadas a estudantes de diferentes idades. Presente ao evento em Sinop, a prefeita Rosana Martinelli lembrou que, na cidade, somente em 2018, foram registrados 111 atendimentos, via Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), relacionados à violência e/ou violação de direito da criança e do adolescente.

A gestora lembrou que, em uma articulação da Rede Socioassistencial de Sinop com a Educação, casos que chegam até o município via escolas, Conselho Tutelar e demais entes públicos, são acompanhados. “Estamos com um cuidado, especialmente para com as nossas crianças”, pontuou, lembrando, também, de projetos nas áreas esportiva, assistencial, de lazer e educativo que também trabalham com foco na orientação de grupos diversos.

 “Uma importante ação que estamos fazendo agora, dentro dos próximos dias é mais um conselho tutelar na cidade. A cidade está crescendo e precisa dessa assistência, tanto para criança quanto para as famílias”, anunciou a prefeita de Sinop.

A secretária municipal de Educação, Esporte e Cultura, Veridiana Paganotti, lembra que a S.M.E.E.C, parceira do projeto “Prevenção Começa na Escola”, entende que direcionar orientações ao público escolar é uma maneira estratégica de preparar tanto estudantes quanto docentes acerca dos assuntos.

 “A escola, geralmente, é a primeira a porta de acesso dessa fala da criança, pois ela passa muito tempo de seu dia ali e tem uma referência de afeto ao professor e à unidade escolar. Geralmente, ela conta a situação e nós buscamos apoio junto ao Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social e outros órgãos pertinentes para que possamos, então, dar sequência no processo de investigação e também na questão da organização para que a criança possa ter uma vida tranquila”, relata Paganotti ao exemplificar os casos de abusos sexuais que chegam ao conhecimento das escolas após serem expostos pelos alunos.

O secretário municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Ademir Bortolli, lembrou que, em âmbito Sinop, a política socioassistencial conta com a atuação conjunta do CREAS,  Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Conselho Tutelar e outros voltados à promoção de políticas públicas, bem como projetos como o “Olhos que Falam”.

 “Precisamos dessa prevenção ao longo de 2019 para diminuir a violência sexual contra a crianças e adolescentes, bem como a violência doméstica. Estamos trabalhando por meio dos conselhos, do CRAS, CREAS, para levar esta prevenção”, disse o gestor da Pasta reforçando, também, a parceria estabelecida com órgãos públicos das esferas do Judiciário, Executivo e Legislativo.

A edição do projeto “Prevenção começa na Escola”, em Sinop, contou com a participação, além de representantes do Ministério Público de Mato Grosso,  promotorias locais e do governo municipal, prefeita e secretários municipais, Câmara de Vereadores, representada pela vereadora Professora Branca, com a participação de instituições como a Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Municipal de Educação, Conselho de Defesa da Criança e do Adolescente, OAB Sinop, Conselho Tutelar, CREAS, CRAS, CAPS, conselheiros tutelares, Centro Social Menino Jesus e CAOPA.