Presidente da Caixa instala superintendência em Sinop

Uma nova agência será aberta para abrigar a nova estrutura administrativa

Sinop passa a ser o destino de gestores públicos de todo Norte do Estado para celebração de convênios, financiamentos públicos e discussões contratuais. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães está em Sinop hoje, sexta-feira (18), para, entre outras ações, anunciar a instalação de uma superintendência executiva de varejo no município. Essa será a primeira estrutura do tipo no interior de Mato Grosso.

Segundo Guimarães, a escolha de Sinop para abrigar uma superintendência é “matemática”. Ele frisou as distâncias continentais comuns aos estados do Centro-Oeste brasileiro e o exponencial crescimento econômico do Norte de Mato Grosso – região que acaba sendo capitaneada por Sinop, por ser a maior cidade. “Na análise feita pela equipe técnica, avaliando as demandas, o volume de negócios e as distâncias, a proporção indicou Sinop como o local estratégico para esta superintendência”, pontuou o presidente da Caixa.

Para ele, a presença de uma repartição técnica/administrativa no município dará maior aptidão para Caixa conhecer as peculiaridades da região, aproximar relações e dar apoio na questão comercial – especialmente no setor agropecuário. “A Caixa vem crescendo sua parte de crédito agropecuário. De forma geral, hoje operamos com R$ 4 bilhões, mas em 3 anos temos como meta chegar em R$ 30 bilhões financiados. Essa superintendência ajudará materializar esse objetivo”, argumentou.

A superintendência concentra toda a parte administrativa do banco público, sendo base e referência para as demais repartições que operam com a bandeira Caixa. A estrutura que será montada em Sinop é vinculada a superintendência geral, em Cuiabá, mas terá a função de agilizar o “varejo” do banco público. Com a instalação uma nova agência será aberta para abrigar a repartição.

Novas agências?

Guimarães disse ao GC Notícias que tem conhecimento da alta demanda da população de Sinop e região pelos serviços da Caixa e a limitação da estrutura de atendimento. O município tem mais de 80 mil correntistas da Caixa Econômica. Segundo o presidente do Banco, há um plano de expansão para abertura de nova casas lotéricas – que também prestam serviços Caixa – em todo país. “Certamente Sinop também será atendida, porque um dos focos da economia nacional é o Centro Oeste brasileiro”, declarou.

Nova agências, somente com estudos técnicos que justifiquem a sua implantação, garantiu o presidente.

Vai ter casa da Caixa?

A vinda do presidente da Caixa Econômica para Sinop teve 3 razões. Além da instalação da superintendência, Guimarães queria conhecer a região que vem, como ele mesmo disse, “crescendo a índices chineses”. “Nós lançamos uma ação chamada Caixa Mais Brasil, em que vamos percorrer o país durante 40 finais de semana. Esse é o 29º final de semana que estou viajando pelo interior do Brasil. Um dos lugares que fiz questão de ver e conhecer foi o Norte de Mato Grosso, essa região que está surpreendendo o país com seu desenvolvimento”, acrescentou.

A terceira razão da “visita” foi a ação de liberação do FGTS. Desde sempre a Caixa é uma das principais operadoras do dinheiro e dos serviços ligados ao fundo. Agora, com a estratégia do governo Bolsonaro de permitir um saque imediato de até R$ 500,00 por conta ativa ou inativa, a Caixa foi novamente recrutada.

Com o dinheiro do fundo sendo injetado na economia através da liberação “no varejo”, questionamos o presidente se os programas habitacionais da Caixa seriam “suprimidos”. Gonçalves garantiu que o Minha Casa Minha Vida vai continuar, mas com ajustes. “O financiamento habitacional será voltado para população mais carente. O presidente Jair Bolsonaro é bastante enfático nesse ponto. Com a economia sendo ajustada, derrubamos as taxas de juros do mercado e com isso transformamos o Minha Casa Minha Vida faixa 3 em algo obsoleto. A ideia é concentrar os financiamentos na faixa 1, um e meio, e 2. Esse é o foco”, afirmou o presidente.

A “Faixa 3” do financiamento era destinadas à pessoas com renda superior a R$ 7 mil. A Faixa 2 atende pessoas com salários entre R$ 2,6 mil e R$ 4 mil. Já a faixa 1,5, a mais rasa que pode ser explorada de forma privada – e que também tem o maior subsídio e a menor taxa de juros – atende pessoas com renda de R$ 1,8 mil a R$ 2,6 mil. A faixa 1 são os programas governamentais (as casas populares). “Os valores do crédito habitacional para 2020 estão sendo discutidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Acredito que até o final do mês os montantes estejam definidos”, acrescentou o presidente.