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Morte de advogado em Cuiabá pode expor envolvimento de desembargadores de Goiás em esquema de corrupção
A Polícia Federal (PF), que conduz a operação intitulada Ultima Ratio, identificou provas que associam o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves a um complexo esquema de manipulação de veredictos
Geral | 29 de Outubro de 2024 as 10h 24min
Fonte: Folha do Estado

Uma investigação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) revela novos indícios de corrupção na venda de sentenças judiciais que podem envolver desembargadores de Goiás.
A investigação, que avançou recentemente, teve um ponto crucial com a análise do celular do advogado Roberto Zampieri, encontrado morto, onde surgiram evidências de um esquema de comercialização de decisões judiciais no Mato Grosso do Sul e em Goiás.
A Polícia Federal (PF), que conduz a operação intitulada Ultima Ratio, identificou provas que associam o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves a um complexo esquema de manipulação de veredictos.
No dia 24 de outubro, a PF afastou cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul por suspeita de venda de decisões.
O lobista Andreson Gonçalves é apontado como elo central na rede de contatos, utilizando influência sobre servidores e desembargadores para assegurar veredictos favoráveis, prática que se estendia até o gabinete de quatro ministros do STJ.
O esquema operava com o auxílio do advogado Zampieri, que atuava como intermediário junto a servidores do STJ para redigir minutas de votos que favoreciam os interesses dos clientes de Andreson.
Conversas encontradas no celular de Zampieri indicam que o lobista detinha contatos no Judiciário goiano e que conseguia moldar decisões conforme os interesses financeiros envolvidos.
Um dos casos investigados envolve o desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, com quem Andreson teria trocado mensagens em maio de 2023 sobre um processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, cujo valor em disputa superava os 64 milhões de reais.
A PF também identificou transferências bancárias suspeitas entre empresas de Andreson e Felix Jayme Nunes da Cunha, outro suspeito no esquema, num montante superior a 1 milhão de reais, posteriormente sacado em dinheiro.
A operação revelou movimentações financeiras de alta magnitude e estreitas relações entre os envolvidos, levantando suspeitas concretas de propina em troca de veredictos.
Com isso, o STJ continua a investigar a possível extensão do esquema a outros estados, o que pode vir a comprometer a integridade de diferentes tribunais.
Caso segue em investigação.
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