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Barbárie

Menino de 11 anos com microcefalia é estuprado e espancado por colegas em escola de Minas Gerais

Fato teria ocorrido no último dia 13 de setembro, mas só foi descoberto esta semana pela família; escola municipal fica no bairro Vale do Jatobá, no Barreiro

Geral | 26 de Setembro de 2024 as 15h 04min
Fonte: O tempo

Foto: iStockphoto/ Divulgação

A Polícia Civil investiga o estupro e espancamento de um menino de 11 anos, que possui microcefalia, por dois colegas no banheiro de uma escola do bairro Vale do Jatobá, no Barreiro, em Belo Horizonte. O fato, cometido por outros dois alunos de 11 e 12 anos, teria ocorrido no último dia 13 de setembro na Escola Municipal Elói Eraldo Lima. Entretanto, o estupro só foi descoberto pela família seis dias depois, sendo denunciado à Polícia Militar (PM) na última segunda-feira (23 de setembro). 

Conforme o registro policial, a corporação foi procurada pelo pai do garoto, de 45 anos, que queria denunciar um estupro de vulnerável seguido de agressões ocorridas no banheiro da instituição de ensino.

De acordo com a corporação, após dias escondendo o ocorrido, o menino relatou ao pai que os colegas o trancaram no banheiro, bateram e, em seguida, cometeram o estupro. Depois dos abusos sexuais, a criança ainda teria sido desmaiada pelos garotos com novas agressões, segundo o relato do pai. 

Ao saber da violência sofrida, o menino foi levado até o Hospital Júlia Kubitschek, onde foi examinado e teve material biológico colhido. Na última sexta-feira (20), o pai teria se reunido com a direção da escola, ocasião em que a criança teria apontado quem teriam sido os autores do estupro. 

Bastante abalada, a família da criança com deficiência preferiu não dar entrevista. "Está sendo muito difícil para a família, que, assim como a criança, está sofrendo com os impactos psicológicos do ocorrido. Eles estão sofrendo com essa situação, e a criança não quer voltar para escola enquanto os infratores não forem punidos. A família quer a expulsão mesmo, querem que essas crianças mudem de escola. Eu conversei com a vítima hoje, e ela está muito abalada", disse a advogada Carla Rodrigues, que está representando a família gratuitamente e também é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Com Deficiência da OAB-MG. 

 

Menores confirmaram estupro

Após a escola ser acionada pelo pai da vítima, os meninos de 11 e 12 anos, que inicialmente negaram o fato, acabaram admitindo que, após o recreio do dia 13 de setembro, eles teriam ido ao banheiro e agredido a vítima, confessando também terem "colocado o pênis" no colega. 

De acordo com a PM, na versão dos acusados, as agressões teriam acontecido pois a vítima "implica com ele e xinga sua mãe". Diante da situação, a instituição de ensino afirmou que iria notificar o Conselho Tutelar.