Caso nos EUA
Médicos tratam roxo como torção, e menina fica 30h com veneno de cascavel na perna
Uma menina passou 30 horas com veneno de cobra no corpo depois que os médicos ignoraram seus sintomas
Geral | 02 de Outubro de 2024 as 15h 35min
Fonte: Revista crescer
Uma garotinha de 7 anos passou por uma experiência aterrorizante no Arizona após ser picada por uma cascavel e esperar 30 horas antes de receber o tratamento adequado, devido à falha dos médicos em diagnosticar a situação corretamente.
Allie Brasfield, que estava de férias com sua família no início deste mês, tropeçou na grama durante uma brincadeira no Parque Regional Gilbert. Naquele momento, a menina acreditou que apenas havia torcido o tornozelo. No entanto, no dia seguinte, seu pé esquerdo começou a inchar e a ficar roxo, com a descoloração se espalhando rapidamente pela perna.
Inicialmente, os médicos locais não identificaram a gravidade do quadro e a família foi mandada para casa duas vezes, mesmo com o aumento dos sintomas, como náuseas e vômitos. Foi apenas quando os Brasfields buscaram atendimento em um hospital maior, em Phoenix, que os médicos descobriram que Allie havia sido picada por uma cobra cascavel, levando a menina a passar por transfusões de sangue e duas cirurgias.
De acordo com o tabloide britânico Daily Mail, o tratamento com antídoto é mais eficaz dentro de 24 horas após a picada, mas, devido ao atraso no diagnóstico, Allie passou 30 horas com o veneno da cobra circulando em seu corpo. "Foi o momento mais assustador da minha vida, sem saber se ela iria sobreviver", disse Keith Brasfield, pai da menina.
Allie precisou de 40 frascos de antídoto, uma quantidade muito superior ao comum, devido ao tempo prolongado em que o veneno permaneceu no corpo. Em casos típicos, são administrados de 4 a 12 frascos logo após a picada. A mãe, Amber Brasfield, relatou que, além das cirurgias, a menina também precisará de fisioterapia e terapia ocupacional para recuperar a força na perna.
Picadas de cascavel são relativamente raras nos EUA, com cerca de 8.000 casos por ano. Embora o risco de morte seja baixo, complicações graves, como perda de tecido, deformidade e até amputação, podem ocorrer. Allie, que permanece em uma cadeira de rodas e não consegue apoiar o peso na perna, enfrentará uma terceira cirurgia para tratar os efeitos do veneno.
A família enfrenta agora enormes custos médicos, já que o seguro não cobre os tratamentos antiveneno, que podem custar até US$ 17.000 cada. Para ajudar a custear as despesas, criaram uma página no GoFundMe, onde relatam a difícil jornada que ainda têm pela frente.
Apesar do susto, os médicos conseguiram reduzir o inchaço da perna da menina e evitar complicações maiores, mas o caso de Allie serve como alerta sobre a importância do rápido diagnóstico em situações de picadas de cobras venenosas, onde cada minuto pode ser crucial para a sobrevivência.
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