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Desentedimento com a vítima

Funcionário acusado de matar empresário usou dinheiro da vítima no ‘jogo do tigrinho’, afirma delegado

Geral | 04 de Setembro de 2024 as 15h 09min
Fonte: O documento

Foto: Divulgação

O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o homem suspeito de assassinar o empresário Mario Martello Júnior, de 68 anos, usou o cartão de débito da vítima para realizar um saque de R$ 1.050 e fazer apostas em jogos de azar.

Gilvânio dos Santos Souza era funcionário de Mario em uma empresa de reciclagem no Jardim Industrial. Ele foi preso na noite desta terça-feira (3) e autuado pelos crimes de latrocínio [roubo seguido de morte] e ocultação de cadáver.

A mulher dele também foi presa pelo crime de receptação culposa. Ela assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi liberada. “Ele [Gilvânio] pegou o cartão e o celular da vítima para tentar pedir dinheiro a amigos e parentes, e usou o cartão em uma maquininha de débito da mãe de seu filho. Ele teria utilizado cerca de R$ 1.050 na maquininha e usou o dinheiro para o jogo do tigrinho”, relatou o delegado.

De acordo com Abreu, o acusado pediu demissão na sexta-feira (30) e no sábado voltou à empresa com a desculpas de que pegaria algumas roupas no local.

Na ocasião, porém,  ele desentendeu com a vítima por causa de dinheiro e cometeu o crime.

Ainda conforme o delegado, Gilvânio alegou que Mario morreu após bater a cabeça em uma máquina, mas análises feitas no local do crime indicam que a vítima foi golpeada várias vezes na cabeça.  “Ele é um pouco dissimulado e está tentando jogar um crime de lesão corporal seguido de morte, que é diferente de um latrocínio. Mas a perícia vai comprovar que foram efetuados diversos golpes na parte de trás da cabeça da vítima, quebrando todos os ossos do crânio”, afirmou o delegado.

O corpo de Mário foi localizado na tarde de ontem no pátio de sua empresa, debaixo de entulhos e embalagens, já em avançado estado de decomposição.

A vítima estava desaparecida desde domingo (1). Um sobrinho do empresário disse que marcou um almoço com o tio no domingo, mas ele não apareceu.

O sobrinho foi à casa dele, no Jardim Jockey Clube, e o imóvel estava trancado e o veículo do tio não estava na garagem. Ele foi até empresa de Mário e encontrou o carro dele estacionado no local, mas não achou o tio.