Acadêmico
Docente da UFMT participa de reunião do IPCC na Dinamarca
Geral | 24 de Outubro de 2024 as 12h 04min
Fonte: André Faust

Docente e Pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) participou de encontro promovido pelo Painel Internacional para Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), na Dinamarca, a fim de contribuir na criação do Relatório Relatório de Metodologia sobre Tecnologias de Remoção de Dióxido de Carbono (CO2), Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono, a ser lançado em 2027.
O professor Alex Neves Junior, da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (FAET) do Departamento de Engenharia Civil, é pesquisador da área de materiais e tecnologias não convencionais e sustentáveis, com destaque para o desenvolvimento de compósitos cimentícios para captura de carbono, que promovem a redução das emissões de carbono na construção civil através do aproveitamento e reaproveitamento de resíduos.
“Essas reuniões serviram para criar um esboço do novo relatório do IPCC, que será publicado em 2027, que fornecerá uma base científica atualizada e sólida para dar suporte à melhorias contínuas das tecnologias de remoção de CO2, sua utilização e armazenamento. Também para definir um princípio metodológico padronizado a ser seguido pelos países quanto a confecção dos seus respectivos inventários das emissões de gases do efeito estufa”, explicou o professor.
Para atingir seu objetivo geral, o novo relatório de Metodologia irá atualizar dados das diretrizes do Relatório IPCC 2006, trazendo novas orientações onde lacunas ou a ciência desatualizada foram identificadas. Será uma coleção com 7 volumes, incluindo tópicos como Energia, Processos Industriais e Usos de Produtos, Agricultura, Resíduos, Armazenamento de CO2 e Remoção Direta de CO2 de Corpos de Água.
De acordo com o professor Alex Neves, sua contribuição estará concentrada no volume sobre ‘Captura, Transporte, Utilização e Armazenamento de Dióxido de Carbono’.
“Além dos conceitos básicos, essa parte do Relatório irá incluir possíveis formas de utilização do CO2, por exemplo, na carbonatação forçada de materiais a base de cimento, bem como de resíduos industriais de mineração passando pela incorporação em combustíveis sintéticos; além de tópicos sobre o rastreamento de CO2 capturado e injeção desses gases para armazenamento geológico ou para outras atividades industriais”, afirmou.
O relatório do IPCC publicado a partir de 2006, que agora deve ser atualizado com a contribuição de pesquisadores do mundo inteiro, concluiu que as mudanças climáticas são fruto da ação humana e alertou para os efeitos do aumento da temperatura média da terra. Graças a esse trabalho, o Painel foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 2007.
“Ser membro e participar de um painel de especialistas de várias partes do mundo, demonstra que os esforços para conter os danos causados pelo aquecimento global e a emergência climática, só será bem sucedida, se houver cooperação internacional e a reunião de informações do melhor conhecimento científico disponível para tal missão”, concluiu.
Apesar das atualizações, as conclusões do Relatório IPCC 2006 permanecem válidas. Em 2023 um novo relatório comparou os efeitos de um aumento de 1,5, 2 e 3ºC na temperatura média. No caso mais brando, 950 milhões de pessoas podem estar em risco de seca, o nível do mar pode aumentar entre 28-55cm e o número de dias por ano com calor extremo deve ficar entre 45 e 58 dias. No pior caso, a seca afetaria 1,29 bilhões de pessoas, o nível do mar poderia aumentar entre 44 e 76 centímetros e o calor extremo 1,5 vezes pior.
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