Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bom dia, Sexta Feira 13 de Dezembro de 2024

Menu

Caso em investigação

Carro com R$ 1 milhão: funcionário da Prefeitura de São Luís é exonerado após dizer que é dono do veículo

Apesar de Carlos Augusto Diniz da Costa afirmar ser dono do veículo, as investigações da Polícia Civil do Maranhão apontam que o carro está registrado no nome de outra pessoa

Geral | 01 de Agosto de 2024 as 08h 30min
Fonte: Redação G1

Foto: Divulgação

O suposto dono do carro, que foi encontrado abandonado com mais de R$ 1 milhão dentro do porta-malas, no bairro Renascença, em São Luís, já foi identificado. Ele é Carlos Augusto Diniz da Costa, que era funcionário comissionado da Prefeitura de São Luís, mas foi exonerado cargo, nesta quarta-feira (31), após o veículo ser encontrado com o dinheiro.

No entanto, segundo as investigações da Polícia Civil do Maranhão, o carro está registrado no nome de outra pessoa, diferentemente do que alegou Carlos Augusto.

Nessa terça (30), quando o veículo foi encontrado com a mala cheia de dinheiro, Carlos apareceu no local e afirmou aos policiais militares, que vistoriavam o veículo, ser o dono. Informalmente, o homem disse aos PMs que havia emprestado o carro a um amigo.

“Há duas semanas, que eu emprestei para ele”, disse Carlos, sem informar quem seria esse amigo.

Ao ser intimado para depor na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), sobre o caso, Carlos Augusto compareceu, acompanhado por um advogado, mas ficou em silêncio.

De acordo com a polícia, Carlos trabalhava na Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit), de São Luís, e recebia um salário de R$ 3.400. Nesta quarta, após a repercussão do carro achado com a alta quantia em dinheiro, o funcionário foi exonerado do cargo pelo prefeito Eduardo Braide (PSD).

A Prefeitura de São Luís não se manifestou sobre os motivos que levaram a exoneração de Carlos Augusto Diniz da Costa.

Os investigadores querem saber agora quem dirigia o carro e analisam imagens de câmeras de segurança da região em que o veículo foi abandonado. A Polícia Civil também procura por outros elementos que possam ajudar a rastrear a origem do dinheiro, quanto havia, de fato, no porta-malas do veículo e quem receberia a quantia.

Por enquanto, a polícia diz que ainda não pode indicar qual crime foi cometido.

“O que nós temos são conjecturas, baseadas em circunstâncias muito suspeitas. Um dinheiro dessa natureza, que houvesse sido deixado ali, por alguém que, talvez, tivesse feito negócio e tentando evitar o pagamento de tributos, alguma coisa do tipo, e visse esse dinheiro sendo deslocado para algum local pela polícia, certamente teria se apresentado até o momento. Então, nós aguardamos que, aquele que se titular dos direitos relativos a esse numerário, que se apresente para que a gente possa entender”, destaca o delegado Augusto Barros, superintendente da Seic.

 

Quantia apreendida estava em bolos com notas de R$ 50, 100 e 200. — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Quantia apreendida estava em bolos com notas de R$ 50, 100 e 200. — Foto: Divulgação/Polícia Militar

 

Dinheiro será depositado em conta judicial

A quantia encontrada no veículo foi contabilizada pela polícia em R$ 1.109.350. O dinheiro, que não tem como ser periciado para indicar de onde veio, continua sob a custódia da polícia.

Segundo o delegado Augusto Barros, o valor apreendido será depositado nesta quinta (1º), em uma conta judicial, e, antes de ser depositado, ele vai passar por uma nova contagem. Por questão de segurança, não será informado o horário e a instituição financeira na qual o valor vai ser depositado. Ainda de acordo com o delegado, o dinheiro ficará na conta judicial, até que um destino seja definido.