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Violência

Candidata a vereadora e irmã são sequestradas, torturadas e mortas por faccionados em MT

Vítimas foram identificadas como Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto

Geral | 14 de Setembro de 2024 as 13h 37min
Fonte: O documento

Foto: Divulgação

 As duas irmãs que foram brutalmente assassinadas por membros de facção criminosa, foram identificadas como Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Porto, de 25 anos. As irmãs eram proprietárias de um circo em Porto Esperidião, onde aconteceu o crime, e Rayane era candidata a vereadora no município. Além delas, outras duas pessoas ficaram feridas após terem sido sequestradas e torturadas por membros de uma facção criminosa.

Em nota, o candidato à Prefeitura de Porto Esperidião, Herculis Albertini (PSD), lamentou a morte das irmãs. “É com imensa tristeza e profundo pesar que comunicamos o falecimento de nossa querida amiga e candidata a vereadora Rayane, e sua irmã Ritiely. Essa perda trágica deixa uma dor incalculável em todos nós”, diz trecho da nota.

De acordo com informações da Polícia Militar, o crime foi descoberto após um jovem ir até à unidade policial pedindo socorro. Ele relatou que, ao sair do Festival de Pesca, ele e outras três pessoas foram sequestrados por nove indivíduos, entre eles sete homens e duas mulheres. Eles foram levados para uma casa, onde foram mantidos em cativeiro e submetidos a sessões de tortura.

Ao chegarem ao local indicado pela testemunha, os policiais encontraram um homem gravemente ferido. Ele estava no chão, com cortes na orelha esquerda, dedo mínimo da mão esquerda amputado e ferimentos de arma branca na nuca. No interior da casa, foram encontrados dedos e cabelos cortados, sinais claros de tortura. No último quarto, os corpos das irmãs Rayane e Rithiele foram localizados. Ambas tinham sinais de violência e também tiveram os cabelos cortados.

A principal testemunha, que conseguiu escapar do cativeiro, relatou que foi submetida a tortura psicológica pelos suspeitos, que afirmavam pertencer a uma facção criminosa. Segundo ele, a motivação do crime seria uma fotografia tirada pelas vítimas no Rio Jauru, fazendo um gesto que é conhecido no mundo do crime como símbolo de outra facção. Além disso, os suspeitos teriam exigido dinheiro das vítimas, ameaçando tirar a vida de todos caso não fossem atendidos.

A Polícia Militar acionou o Grupo de Apoio Policial (GAP) de Mirassol e o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) para auxiliarem nas buscas pelos suspeitos, que até o momento não foram localizados. A área foi isolada e a Polícia Civil, que investiga o crime.

A vítima sobrevivente foi socorrida pela equipe de saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Porto Esperidião e está em estado estável, sem risco de morte.