Disputa de terras
Assassinato de Zampieri foi encomendado após decisão de desembargador contra mandante, cita CNJ
A informação consta na decisão do Corregedor Nacional de Justiça que determinou o afastamento do desembargador Sebastião de Moraes Filho
Geral | 29 de Outubro de 2024 as 19h 05min
Fonte: Repórter MT

O assassinato do advogado Roberto Zampieri, que aconteceu em dezembro do ano passado em Cuiabá, foi encomendado após uma decisão do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso Sebastião de Moraes Filho, em um processo que tratava sobre disputa de terras, que foi desfavorável ao mandante do crime, identificado como Anibal Manoel Laurindo.
A informação consta na decisão do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, que determinou o afastamento do desembargador no mês passado.
"Tal decisão, segundo as conclusões da Autoridade Policial, 'foi o estopim' para a concretização dos planos que já vinham sendo montados pelos suspeitos Anibal e sua esposa Elenice B. Laurinho, que decidiram matar a vítima Roberto Zampieri", diz trecho de decisão a qual o RepórterMT teve acesso.
Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro de 2023, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital.
O processo que teria motivado a morte do advogado era de disputa de terras. O autor, que tinha Roberto Zampieri como advogado, pediu a imissão na posse da Fazenda Lagoa Azul, que até então estava na posse do alvo da ação, que é irmão de Anibal.
Entretanto, ao ser executada a sentença surgiu um imbróglio jurídico, no caso, a imissão também abrangeu a antiga Fazenda Ronuro, atual Fazenda Matão, que pertenceria a Anibal.
Na tentativa de proteger sua propriedade, Anibal entrou com uma ação de embargos de terceiro, alegando que estava perdendo a posse ilegalmente. Esta ação chegou ao desembargador que acabou não acatando o pedido dele e deu ganho de causa para o cliente de Zampieri.
As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá apontaram que foram encontradas provas de que a morte do advogado Roberto Zampieri foi motivada por uma disputa judicial sobre a posse de uma propriedade rural estimada em R$ 100 milhões.
Os investigadores encontraram no celular do coronel de Exército Etevaldo Caçadini, que está preso preventivamente acusado de ser um dos autores da execução, fotos da ação que motivou o assassinato, assim como imagens da fachada do escritório de Zampieri, no bairro Bosque da Saúde, onde o crime foi cometido.
Relembre o caso
Zampieri estava em uma Fiat Toro quando foi atingido pelos disparos de arma de fogo. O executor, Antônio Gomes da Silva, foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro, foi apontado como intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo. Ele também foi preso.
O coronel do Exército, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, foi preso em janeiro após ser apontado como o financiador do crime. O mandante, por sua vez, está em liberdade.
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