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Fraudes na Sema

Alvo da PC comprova ser CAC; Justiça devolve pistola em MT

Fazendeiro e familiares são suspeitos de R$ 148 milhões em fraudes

Geral | 23 de Agosto de 2024 as 17h 28min
Fonte: Diego Frederici – FolhaMax

Foto: Divulgação

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, João de Almeida Portela, autorizou a devolução de uma pistola Glock (G25 .380 ACP) que pertence à Leonardo Crestani Junior. Ele é um dos alvos da operação “Hamadríade”, que apura danos ambientais estimados em R$ 148 milhões. 

Em decisão publicada nesta sexta-feira (23), o juiz revelou que Crestani possui registro como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). “Restou comprovado que a pistola da marca Glock (G25), calibre.380 foi constituída de forma lícita, conforme demonstro com a nota fiscal e a transferência, bem como o Certificado de Registro, o Certificado de Registro (Comando Militar), a Autorização para Tráfego e o Certificado de Registro em seu nome”, atestou o magistrado.

Outros integrantes da mesma família - Bruno Crestani e Michel Alex Crestan -, chegaram a ser presos na operação “Hamadríade”, do Grupo de Atuação Especial Contra O Crime Organizado (Gaeco), deflagrada em julho de 2022. Eles teriam movimentado cerca de 300 mil metros cúbicos de produtos florestais de forma ilegal, gerando um dano aproximado de R$ 147,9 milhões aos cofres públicos.

O Gaeco apontou que a família Crestani possuía a propriedade das fazendas Matrinchã e Matrinchã II, que detinha planos de manejo aprovados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) em nome de José Rodrigues, um “laranja”. De acordo com o Gaeco, as organizações beneficiadas pelos créditos gerados fraudulentamente teriam sido criadas irregularmente, havendo indícios de que seriam empresas de fachada ou registradas em nome de terceiros. As investigações apontaram ainda que sete delas foram identificadas como desativadas ou inexistentes.

Conforme o Gaeco, a manobra daria uma aparência de legalidade aos créditos florestais (madeira). “Segundo os fatos narrados, os Representantes aduzem que a prática de maquiar a origem ilegal do produto florestal, fazendo uso em tese, de laranjas, com a atuação efetiva de engenheiros florestais e empresários, supostamente se configurou como meio de vida de diversas pessoas envolvida na Organização Criminosa, já identificados à época dos fatos apurados ainda na Operação “Terra à Vista”, ou seja, no ano de 2014”, diz trecho do pedido de prisão, à época da deflagração.

Durante a deflagração da operação, o Gaeco cumpriu mandados em Alta Floresta, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde e Cuiabá, no estado de Mato Grosso, e também no município de Palhoça (SC).