Economia
Mulheres são donas de 31% das empresas de Mato Grosso
Segundo dados da pesquisa, as mulheres donas de negócios têm maior escolaridade que os homens
Dados | 20 de Novembro de 2020 as 08h 13min
Fonte: Assessoria Sebrae

As mulheres representam 34,3% dos donos de negócio do país e em Mato Grosso, elas são donas de 31% das empresas ativas no Estado, segundo dados de levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A diretora Técnica do Sebrae MT, Eliane Chaves, reforça que as tendências e o grande desafio do século 21 é tornar a sociedade mais inclusiva e com uma economia muito mais dinâmica e inovadora. “Nesse dia em que comemoramos o Dia do Empreendedorismo Feminino, nós precisamos trazer à luz a presença da mulher no mercado de trabalho e no empreendedorismo”. Ela reforça que as estatísticas mostram um aumento da presença da mulher chefiando famílias e também no mercado de trabalho, mas lembra que existem muitos desafios a serem superados, culturais, como o fato de nem sempre a mulher receber o mesmo salário e não ter as condições de crescimento profissionais iguais às dos homens.
A diretora cita ainda a dupla jornada. “Além de enfrentar os desafios no seu negócio, a mulher precisa dar conta da sua função como mãe, chefe de família e cuidar de outras tarefas que são tradicionalmente e culturalmente inerentes às mulheres”.
A empresária Célia Leite, 34, que tem uma empresa de consultoria contábil, também aponta as dificuldades enfrentadas pelas donas de negócios casadas e com filhos que precisam se desdobrar ainda mais. “É um pouco mais difícil, mas mão é impossível”, constata.
Não é à toa que a pesquisa aponta que 27% das donas de negócios trabalham em casa e que 46% são chefes de domicílio - em 2015, representavam 38%.
Eliane Chaves destaca também que, apesar haver muitos avanços na ocupação e profissões antes tidas como masculinas, as mulheres, na sua grande maioria, desempenham atividades ligadas a seus talentos. “No universo dos pequenos negócios, temos a presença muito grande no segmento dos pequenos serviços, principalmente, voltados para alimentação, moda, cabeleireira, estética. Elas ocupam espaço na economia com os seus talentos e habilidades”.
As mulheres têm aptidões sócioemocionais mais desenvolvidas que os homens, o que favorece muito a inovação e aumenta a chance de competitividade e de sucesso.
Ao abrir sua empresa - Renda Café Lingerie e Feminices – Ana Carolina de França, 33, formalizou uma atividade que já desenvolvia há quatro anos, paralela ao trabalho numa agência de publicidade em Cuiabá. Ela conta que deixar o salário e todos os benefícios que recebia para empreender não foi tarefa fácil, mas precisava sair da acomodação e fazer alguma coisa para ela mesma, tocar o próprio negócio. “Se eu não fizer por mim, quem vai fazer”, constata, acrescentando: “legal é que os desafios me movem”.
Ela começou a empresa em casa e com atendimento on-line, depois passou para um showroom até abrir um ponto físico em julho de 2020, bem em meio à pandemia. Segundo ela, a crise não atrapalhou, ao contrário, até ajudou a negociar o valor do aluguel num ponto bastante concorrido.
Desde que abriu procurou tratar tudo de forma diferente. “Procuro manter o clima acolhedor com um atendimento personalizado, que inclui café, biscoito e conversa, vai além da simples venda de um produto”, descreve, acrescentando que, como consumidora, valoriza os negócios de mulheres e procura formar uma rede com outras empreendedoras.
Segundo dados da pesquisa, as mulheres donas de negócios têm maior escolaridade que os homens (16% maior) e também um nível de formalização maior que o dos homens - 31% possuem CNPJ, enquanto no grupo dos homens, apenas 29% são formalizados.
É maior a proporção das mulheres que trabalha sem sócios (84% contra 81% no caso dos homens). E quanto ao porte, os negócios conduzidos pelas mulheres são menores e é menor também a proporção de mulheres que são empregadoras. Além disso, elas têm menos empregados que os homens.
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