Economia
Inflação de Sinop sobe em outubro
Alta de 0,62% nos preços ao consumidor ajustam os preços em um cenário de inflação estável
Economia | 28 de Novembro de 2018 as 12h 05min
Fonte: Jamerson Miléski
Depois de um período de deflação, os preços ao consumidor de Sinop voltam a subir pelo segundo mês consecutivo. O IPC-Sinop (Índice de Preços ao Consumidor), medido pelo departamento de economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop, registrou uma inflação de 0,62% no mês de outubro. Em setembro, a alta foi de 0,46%.
O relatório foi apresentado na manhã desta quarta-feira (28), pelo economista da Unemat, Lindomar Pegorino. Segundo ele, a alta nos preços, superior ao mês anterior, não chega a ser um motivo de preocupação. “De forma geral, a inflação está bem abaixo do que avaliamos como normal. A alta reflete um momento de recomposição dos preços, que em regra, sobem no final do ano”, explicou o economista.
No acumulado do ano, a inflação de Sinop é de 1,38%, bem abaixo da inflação nacional do período, registrada em 3,81%. Já no intervalo de 12 meses, a inflação de Sinop é de 2,42%, enquanto a nacional alcança 4,56%. “Desde o Plano Real, a inflação anual no Brasil flutua na casa dos dois dígitos (acima de 10% ao ano). Esse é o nosso parâmetro histórico. Inflação na casa dos 2% ou 3% ao ano, como estamos registrando, é o comportamento típico de economias como dos Estados Unidos, que é bastante sólida. No Brasil, a inflação ‘natural’ está na casa dos 10% porque o país não consegue absorver as oscilações de demanda, procura e câmbio”, comenta Pegorino.
O IPC-Sinop é medido a partir do acompanhamento dos preços de 9 grupos de consumo, que simulam a proporção do consumo do sinopense médio. Responsável por 24%, o grupo Alimentação foi o que mais pressionou a inflação no mês de outubro: 0,16%. Uma alta modesta. “Os itens que compõem o grupo alimentação vinham de uma queda mês a mês e, agora, tiveram uma leve alta. Influenciaram no índice, mas não foram tão determinantes”, avaliou o economista.
Isso por que, dos 9 grupos, 8 tiveram alta. A exceção foi Transporte, com queda de -0,11%. Subiram Educação (+0,15%), Saúde (+0,12%), Comunicação (+0,09%), Habitação (+0,07%), Despesas Pessoais (+0,06%), Artigos para Residência (+0,03%) e Vestuário (+0,02%).
Impacto na cesta
O departamento de economia da Unemat também acompanha a flutuação dos preços dos 13 itens que compõem a Cesta Básica. No mês de setembro, esse conjunto de alimentos suficientes para nutrir um humano adulto por um mês custou R$ 381,24, na média, em Sinop. Em outubro, o mesmo conjunto de itens teve um preço médio de R$ 395,82 – alta de 3,8%.
Tomate (+19,7%), batata (+18,6%) e pão (+15,2%), foram os alimentos com maior alta no último mês.
A cesta básica de Sinop ainda é mais barata que na maioria das capitais. No topo do ranking está São Paulo, com uma cesta de R$ 446,02. Em Cuiabá, o preço médio é de R$ 426,66.
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