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IPC Sinop

Inflação de Sinop sobe e confiança dos empresários também

Aumento nos preços locais está abaixo da média nacional e classe empresarial esboça otimismo

Economia | 25 de Novembro de 2015 as 12h 13min
Fonte: Jamerson Miléski

Udilmar Zabot, economista |

A inflação de Sinop voltou a crescer no mês de outubro. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), medido pelo departamento de economia da Unemat, em parceria com a CDL Sinop, apontou uma inflação de 0,66% com relação ao mês anterior. O aumento nos preços ao consumidor foi idêntico ao registrado em junho, quando iniciou uma sequência de retração na inflação. No mês de outubro os preços voltaram a crescer.

Com isso, a inflação de Sinop medida em 2015 chega a 6,95% e a acumulada nos últimos 12 meses é de 7,73%. Ou seja, o salário de R$ 1.500,00 em outubro de 2014 hoje tem um poder de compra de R$ 1.384,00 – uma perda de R$ 116,00.

Apesar da alta, o cenário local é mais propício que o nacional. A inflação brasileira em 2015 é de 8,52% e a acumulada nos últimos 12 meses atingiu a marca de 9,93% em outubro. Enquanto o sinopense que ganha R$ 1.500,00 perdeu R$ 116,00 no seu poder de consumo, o brasileiro perdeu R$ 149,00.

Os itens que mais pressionaram a inflação de Sinop pertencem ao grupo Alimentação e Bebidas. Itens de panificação, açúcar, frutas e gás de cozinha responderam por mais de 0,50% dos 0,66% de aumento. O restante do reajuste deve-se ao grupo Vestuário, em especial itens de confecção masculina.

Não foram apenas os preços que tiveram uma alta registrada pelo departamento de economia da Unemat. A confiança empresarial voltou a subir. Os economistas avaliam o ICE (Índice de Confiança Empresarial), que é composto pela Atividade Econômica das empresas e as Expectativas Empresariais, ambas resultados de avaliações dos empresários. Despois de 3 meses consecutivos de queda, o ICE cresceu 3,93% em novembro, atingindo 88 pontos. A avaliação varia entre 0 a 200, tendo o número 100 como centro: acima o cenário é otimista, abaixo de 100, pessimista. “Os números já mostram uma melhoria das perspectivas por parte dos empresários, antevendo esse momento de aumento das vendas no final de ano”, analisa o economista Udilmar Zabot.

O que empurrou o índice para baixo foi o “hoje”. Para a maioria dos empresários ouvidos, a Atividade Econômica teve queda de forma geral. Mas essa é queda é subjetiva. Seis itens compõem o índice: Vendas, Adimplência, Segmento empresarial, Investimentos, Contratações e Economia de Sinop. Os empresários apontaram crescimento nas Vendas (+1,12%), na Adimplência (+11,67%), e nas Contratações (+29,32%). São 3 setores diretamente ligados ao bom rendimento econômico. Os mesmos empresários apontaram queda no Segmento Empresarial (-11,84%), Investimentos (-7,14%) e Economia de Sinop (-6,94%), itens diretamente relacionados a percepção do cenário econômico que cerca cada empresário. Ou seja, em novembro o empresário vendeu mais, teve menos inadimplência, contratou mais, mas continua achando ruim a economia da cidade, do seu setor e, por isso, recuou nos investimentos.

Mas a nuvem de pessimismo deve se dissipar nos próximos meses. No IEE (Índice de Expectativa Empresarial), que mede a projeção que cada empresário faz para os próximos 3 meses, houve uma alta de 7,78% em novembro. O Indicador atingiu 104 pontos, voltando a ser levemente positivo (mais otimistas que pessimistas). Os mesmos empresários esperam um aumento nas Vendas (+19,51%), da Adimplência (+41,17%), do Segmento Empresarial (+22,62%), e das Contratações (+11,79%). Mas acreditam que terão queda nos Investimentos (-6,67%) e na Economia de Sinop (-11,22%).

São os efeitos residuais de um ano em que a palavra mais utilizada no cenário econômico foi “crise”.