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Artigo

A vacina contra a Covid-19

11 de Janeiro de 2021 as 16h 25min

Há quase um ano da Declaração pela OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre a Pandemia causada por uma família de Vírus, (Corona Vírus - em especial o SarsCov2) que afetaria o mundo e ceifaria vida de milhares de pessoas com maior redundância para os portadores de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, ou seja, (cardiovasculares, respiratórias crônicas, cânceres e diabetes e outras), anteriormente a pandemia eram responsáveis por cerca de 70% de todas as mortes no mundo, estimando-se 38 milhões de mortes anuais e desses óbitos, e 16 milhões ocorriam prematuramente (menores de 70 anos de idade) e quase 28 milhões, em países de baixa e média renda, e com a chegada da pandemia, tornou-se impossível falar sobre os novos números pós-pandemia, até por que ela ainda não acabou e essas causas foram sucumbidas pela nova causa em todo o mundo, a Covid-19, não bastasse isso, estamos há mais de 10 meses com o medo a porta, o receio na janela, e terror na rua.

A máscara facial passou de um equipamento de proteção individual dos profissionais de saúde e outras áreas com risco inalatório para peça principal do traje, não que a vestidura deixou de ser importante, mais é que a máscara te restringe, não se pode mais ir ao banco, supermercados, farmácias, órgãos públicos e etc, sem que ela seja exigida, o mundo da moda se reinventou e fez de tantos modelos e cores, que algumas até encanta, mas, sufoca.

E como resolver tudo isso? Eis a questão, como? Dissemos em outros artigos que doenças causadas por vírus não tem cura, sendo mais especifico: todas as doenças causadas por vírus são incuráveis. Algumas tem um quadro latente leve e portanto o próprio organismo elimina o vírus, sofre, mas elimina sim, por exemplo: Hepatite A, que se não houver complicação em até dois meses é possível que o organismo elimine o vírus, detalhe importante é que uma vez contaminado e evoluindo para a cura, a pessoa desenvolve imunidade permanente contra essa doença um outro exemplo disso, é a Dengue que você só pode contrair por 04 vezes na vida, por que até agora a ciência provou que só existe 04 tipo de vírus causador da Dengue, se curou de um tipo, não pega mais ele, por outro lado existe outras doenças causadas por vírus que não tem cura, com exemplo: AIDS, HERPES, Hepatite B e etc, nestes casos o vírus não sai do organismo, tem período de remissão, mas pode incomodar sempre que haver possibilidade, então, baixa imunidade, stress, período de inanição, doenças oportunistas podem desencadear um ataque frenético do vírus que estava latente no organismo, e levar o paciente a morte.

Acrescente a tudo isso, o alto poder mutagênico dos vírus, ou seja, muda constantemente sua forma de agir, ele tem a capacidade de se adaptar ao meio e as formas de combate-lo farmacologicamente, e ai, a grande dificuldade de conseguir uma droga eficiente que mate somente ele quando invadir o organismo, a forma mais eficiente de combate-lo de acordo com os protocolos mundialmente acordados são as vacinas, e essa é também a forma mais barata e eficiente de fazer prevenção de doenças.

Para tanto, a produção de vacina não é tão simples e levava-se em média 10 anos de pesquisas para a sua conclusão, depois disso há o risco de chegar em uma vacina ineficaz como ocorre com a AIDS, ou que haja problemas de segurança como é o caso da Dengue, e depois produzir o suficiente para a população alvo, portanto obrigatoriamente para que se chegue a um produto que estimule a criação de defesa pelo nosso organismo, é necessário cumprir algumas etapas, vamos lá:

Primeira etapa: inicia no laboratório, é quando se analisam os famosos princípios antigênicos, é a busca para saber quais substâncias, moléculas ou partes do ser vivo que causa a doença poderá servir de ferramenta para o início do desenvolvimento de uma vacina, depois tem outra etapa para teste em humanos, a chamada fase pré-clínica e nessa fase o material precursor com potencial vacinal é testado em modelos celulares (como células de rins de macaco) ou em animais, como camundongos, coelhos e macacos, são os chamados testes in vitro e in vivo.

Aprovado estas etapas iniciais, começa a bateria de testes em seres humanos, que acontecem nas três fases dos chamados ensaios clínicos, A primeira fase busca testar apenas a segurança do produto, será que é tóxico para seres humanos? E os efeitos adversos?

Em seguida vem a segunda etapa, que é o momento de verificar a imunogenicidade, ou seja, a capacidade que uma vacina tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos; somente após tudo isso vem a terceira e última etapa, quando a eficácia da vacina é testada em milhares de pessoas.

Já na terceira etapa, chega hora de fazer o chamado teste “duplo-cego”: uma parte dos participantes recebe o novo imunizante e outra recebe um produto sem eficácia (um placebo), mas nem os pesquisadores nem os voluntários sabem o que cada um recebeu. Ao final, os dados são avaliados para responder se a vacina é realmente eficaz e segura.

Só assim ela poderá receber o registro para ser aplicada na população e quem dá a palavra final é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com tudo isso em andamento, o governo firmou 03 acordos para produção dessas vacinas no brasil, a produção iniciaria ainda em 2020, o primeiro acordo é a de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca com 240 milhões de doses, que um tipo de vírus de chimpanzé (adenovírus) modificado para transportar o material genético do vírus tipo Sars-Cov-2 (causador da Covid-19) e, assim, neutralizar a sua ação nas células – a tecnologia é chamada de vacina por vírus não replicante, a Fiocruz será a responsável pela produção.

O outro tipo de vacina está sendo desenvolvido pela empresa chinesa Sinovac, que está em testes clínico sob coordenação do Instituto Butantan, nele a preparação utiliza uma tecnologia já bastante conhecida pela ciência: o vírus é inativado por meio de substâncias químicas para que não seja capaz de produzir doenças, o esquema vacinal abrange duas doses no intervalo de 14 dias.

E também existe a vacina da BioNTech/Pfizer, fruto de uma parceria americana e alemã, está em testes voluntários brasileiros, começou na Bahia e São Paulo. Ela é baseada em uma tecnologia que utiliza cópia do material genético (RNA), mas não há acordo para produção no país até o momento, várias outras vacinas estão em desenvolvimento por aqui, ou tentando acordos para produção ou venda no brasil.

Existem mais de 30 projetos estudando vacinas em todo o mundo, entre elas estão da Rússia, da Índia, de um Consorcio de Países e etc, basicamente todas seguem o mesmo rumo, que é o que está provado que dá certo, incrível mesmo é produzir tudo isso e garantir que essas vacinas cheguem a mais de 36 mil salas de vacina só do SUS que estão distribuídas por todo o brasil, é preciso tempo, recursos humanos, recursos financeiros, uma grande operação logística e apoio para todo insumo, mais a palavra de ordem ainda é CAUTELA.

Vários motivos faz pensar assim: podemos ter uma vacina que tenha alta eficácia, mas sendo capaz de gerar anticorpos, não significa que elas protegerão totalmente no mundo real, isso não se traduz necessariamente em proteção, recordemos um exemplo as duas vacinas de dengue: ambas foram altamente imunogênicas, ou seja, alta eficácia também, mas nem todo mundo que havia desenvolvido anticorpos obteve imunidade protetora, além de que não há respostas até o momento de a pessoa ficara imune para sempre ou não, ou será que haverá necessidade de revacinar a população depois de um período, como acontece anualmente com a gripe?

Aí entra a decisão da política de saúde se vale a pena ou não usar uma vacina nesses moldes principalmente para evitar os casos mais graves e mais mortes, pelo sim, pelo não, a vacina vem aí, e tomara que haja plano e vacina para todo mundo, é obrigatório tomar a vacina? De fato, não é! Porém, você será restringido de frequentar lugares que pode ser de serviços públicos, bancos, trabalhos, supermercados, por exemplo: você quer entrar abrir conta no banco e dentro todos os documentos solicitados vão te pedir o cartão de vacina atualizado, desses que poucos tem, com comprovante do uso da vacina assim como é com a febre amarela, se você não tem, não pode ser correntista do banco, esse foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal, portanto, analise e faça opção pelo melhor caminho, até agora, vacinas salvam vidas.

 

*Fonte: Fiocruz (Stevanin/Radis).

Manoelito Rodrigues

Falando de Saúde